sexta-feira, 21 de março de 2008

Este post tem palavrões

Eu já desconfiava, mas só hoje tive a certeza. Ninguém faz um caralho neste país. Os meus perdões a quem se impressiona com a linguagem fálica, mas nenhuma outra serve neste caso.
Estava eu à espera do meu comboio, quando vejo imensas pessoas a chegar de Lisboa. Nem hora do almoço era. Vinham apressadas, como uma manada desenfreada. Qual a razão de tamanho reboliço? Três. O equivalente a três palavras, as preferidas dos portugueses: "tolerância de ponto". Ficam doidos, desatam a sorrir, metem-se nos carros e lá vão a toda a velocidade passar o fim de semana para fora. Vão para a neve, para a montanha, para o Alentejo e para o caralho que os foda, montados nos seus monovolumes, com os putos sem cinto e a toda a velocidade. Depois fodem-se, batem com a chapa nas árvores e lá vão todos para o galheiro.
Ao invés, no local onde normalmente almoço aos feriados e fins de semana, lá estava a menina brasileira simpática que me sorri sempre, pois já se habituou à minha presença. Alguém tem de trabalhar nesta merda, não é?
Ainda hoje, mal cheguei ao meu local de trabalho, encontrei tudo em reboliço. Não que estivessem a trabalhar. Estavam a marcar as férias e já programavam o que só vai acontecer daqui a uns meses.
Já o disse e reafirmo: os portugueses não fazem um c-a-r-a-l-h-o. Nada. Não gostam, não querem. Fazem greves à sexta-feira, marchas da indignação quando andam a levar porrada nas aulas...
Os funcionários públicos são o cancro disto tudo. Reclamam aumentos, queixam-se, queixam-se, mas não fazem um caralho. E é só ouvirem as três palavras mágicas e sorriem de imediato. É por isso que nunca vamos passar da cepa torta. Porquê? Porque os portugueses não fazem um...

Nenhum comentário: