terça-feira, 17 de março de 2009

Chega

Não tenho problemas em assumir que já tive apoio psicológico. Tive-o em duas fases da minha vida. Uma de perda iminente e outra de perda assegurada. A segunda sempre me pareceu uma falta de tempo e de dinheiro. Apoio psicológico por causa de uma gaja? A gaja era só a ponta do icebergue. Esses tempos permitiram conhecer-me melhor, saber quem sou na minha essência e porque ajo da forma como ajo.
Estou sozinho há três anos. Há três anos que não tenho um relacionamento e tem sido um período de autêntico desmame. De fazer alguém descer de um pedestal que eu próprio criei. Adiante.
Se houve coisa que aprendi nos últimos três anos é que as mulheres são todas iguais. Podem julgar-se diferentes umas das outras mas, no fundo, são todas iguais. Falta de atenção, necessidade de protagonismo e uma manipulação emocional constante. Li recentemente uma entrevista de uma actriz em que ela confessava que magoou alguns homens e terminou a entrevista com uma frase perturbadora: "Quando querem, as mulheres sabem magoar."
Nos últimos três anos, sempre que me vi em condições de retomar a minha vida amorosa, levei mais pontapés. Chega. Estou farto. Não convido uma repariga para sair há meses e, nos próximos tempos, não o voltarei a fazer. Medo de mágoa, de desilusões, alguma cobardia minha? Sim, tudo isso. Mas tem de ser assim.
Estou farto de olhar à minha volta a ver gajas a mudar constantemente de namorado, só porque apareceu outro melhor. Estou farto de olhar à minha volta e ver gajas, supostas amigas, que só estão disponíveis quando o namorado não está por perto. Estou farto de olhar à minha volta a ver algumas sedentas de atenção, em constante provocação e com conversas do tipo "Quero beijar-te" e "O teu presente de anos sou eu", para depois me confessarem que têm dois atrás dela e que não sabe qual escolher. Enquanto isso sucede, vai brincando comigo. Estou farto, acreditem. O comboio pode não andar ou andar de fora lenta. Talvez a solidão não seja assim uma coisa tão má. Aturar gajas é que não. Já aturei demasiado.