quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Música

Como já escrevi, não vou recordar 2007 com muita saudade. Ainda assim, nem tudo foi mau neste ano. Na minha memória, 2007 vai ficar como o ano da música. Nunca vi tanto concerto como neste ano, a maioria em Corroios, a dois minutos de casa. Foi um pouco surreal ter algumas das minhas bandas preferidas a tocar na minha freguesia! Bom, em jeito de balanço, partilho aqui o meu top-ten dos concertos que vi ao vivo.
10. More Than a Thousand, em Corroios.
Uma surpresa agradável. Não é á toa que os Megadeth os colocaram na lista de possíveis bandas de suporte para a próxima digressão. Vão dar que falar.
9. Painstruck.
Vi-os duas vezes em Corroios. São uma das bandas emergentes do metal português e têm um som muito porreiro. Uma onda hardcore, mas muito bom. Fazem uma excelente primeira parte.
8. Kalashnikov, ao vivo na Faculdade Egas Moniz, no Monte da Caparica.
Este foi o meu terceiro espectáculo dos "kalash" em pouco mais de um mês. O concerto meteu universitários e skinheads. Foi cheio de energia e até o Jel (perdão o Duro) ficou admirado!
7. Cannibal Corpse, em Corroios.
Para terem noção, os Cannibal Corpse foram banidos de tocar em imensos países devido ao conteúdo das letras e das capas dos álbuns (qualquer pesquisa no Google tira-vos as dúvidas). São uma das bandas míticas do death metal e foram o meu primeiro concerto de 2007. O vocalista é colossal e o som bastante agressivo. Tinha feito uma entorse há pouco tempo e temi pela minha integridade física durante as duas últimas músicas. Para terem noção... chamam-se "Fucked with a knife" e "Hammer smashed face". Muito bom!!
6. Kalashnikov, no Santiago Alquimista.
Fui dos privilegiados a assistir à estreia dos Kalasnikov. Um mês antes, o Jel confessou-me estar à espera da loucura, mas nem ele pensou assistir a tal coisa. O Santiago Alquimista estava repleto e, por momentos, pensei estar num concerto punk, no meio de tanta confusão. Todos entoaram os refrões e a banda repetiu o repertório todo! No meio da multidão, estava o Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell. Ficou tão surpreendido que resolveu levar os Kalashnikov para a primeira parte do concerto do Coliseu. Os Kalashnikov vão ter um 2008 em grande. E, se não me enganar, vão estar num grande festival nacional.
5. Napalm Death, em Corroios.
Meus amigos, Napalm Death é, provavelmente, a banda com o som mais agressivo do planeta. Uma mistura de death metal com grindgore. É o tipo de som que faz as unhas dos pés saltar. Ainda para mais, num espaço com capacidade para 500 pessoas, com pouco mais de 200 no recinto e todas elas metaleiros agitados! O espectáculo foi a uma quarta-feira à noite e até o Cristo Rei ouviu! Foi um enorme concerto. Já me tinham falado dos Napalm Death, mas fiquei siderado quando vi a primeira música. Os acordes pareciam bater directamente no cerebro. Fiquei com um zumbido nos ouvidos durante quatro dias. Assim que se ouviu o primeiro "riff", os "metalheads" passaram-se e desataram a bater um nos outros. Nisto, entra o vocalista e diz.."Caso não tenham percebido, somos os Napalm Death. Boa noite!". Épico.
4. Dimmu Borgir, no Coliseu.
Mais uma estreia para mim. Os Dimmu Borgir são uma das bandas de culto do black metal. São pagãos, nada cristãos e com adoração pelo Diabo. Regressaram a Portugal e encheram o Coliseu como eu nunca vi. O concerto foi brutal, o som é fantástico (incluindo com as teclas) e os grunhidos do Shagrath assustam qualquer um. Antes deles, tocaram uns suecos chamados Amon Amarth. Foi uma bela noite de paródia.
3. Moonspell, no Coliseu
Foi o meu quarto concerto de Moonspell. De longe, o melhor. Quando dão o espaço e atenção que a banda portuguesa já conquistou e merece... os Moonspell são fabulosos. Foi, sem dúvida, um dos grandes concertos do ano, em plena noite das Bruxas. Duas horas sempre a bombar, com a banda a revisitar todos os álbuns, sem esquecer os grandes êxitos. Recordo-me particularmente da jovem com quem engracei (e ela comigo) a fugir quando desatei aos berros no "Full Moon Madness". Ao fim de duas horas, o Fernando Ribeiro, já sem voz, confessou que a banda ponderou nem fazer o espectáculo. Os Moonspell são uma daquelas bandas obrigatórias, pelo menos uma vez na vida.
2. Sepultura, em Corroios.
Quando me disseram que os Sepultura vinham tocar à minha freguesia, por pouco não tive um ataque cardíaco. Os Sepultura são uma das minhas bandas preferidas de sempre. Cresci a ouvi-los e sou doido. O espectáculo foi a um domingo à noite, em Março, mês de aniversário. Sai do jornal a correr, peguei no carro (já atrasado) e demorei oito minutos do Marquês de Pombal ao Cine Teatro. Nunca um Fiesta andou tão rápido. Depois da saída do baterista Igor Cavalera (irmão do Max, antigo vocalista), Portugal assistiu à estreia do Jean Dolabella. O concerto começou com o Andreas Kisser a querer saltar para o meio do público para agredir um gajo. Passou o espectáculo inteiro a insultar o espectador e quando se aproximou do microfone, a única coisa que disse foi "Puta que pariu, caralho". O Derrick Green, vocalista, falava no seu português esforçado sempre que podia. Dizia sempre a mesma coisa: "Aí galera, tudo bem?". O concerto foi fabuloso. Tal já se esperava num recinto tão pequeno. Como já se esperava, tocaram um best-of e terminaram com o esperado "Roots bloody roots". Pela primeira vez na vida, estive num mosh de metal e logo com o "roots" dos Sepultura. Foi das melhores experiências da minha vida. A adrenalina e revolta foi tal que nem senti os murros que levei. No dia seguinte, mal me conseguia mexer. Recordo-me dessa noite imensas vezes. Amei.
1. Metallica, Super Bock Super Rock.
Sem palavras.
No próximo ano, farei a lista de 2008. Até ver, prevê-se um ano em grande. Os meus Iron Maiden vão voltar ás digressões. Dia 9 de Julho, vão estar no Super Bock. Os Metallica um mês antes no Rock in Rio.
E já tenho bilhete reservado para o meu primeiro Wacken Open Air, na Alemanha. O maior festival de metal do mundo! Iron Maiden confirmados! Up the irons!

3 comentários:

Anônimo disse...

Que medo!

Anônimo disse...

Música

Como já escrevi, não vou recordar 2007 com muita saudade. Ainda assim, nem tudo foi mau neste ano. Na minha memória, 2007 vai ficar como o ano da música. Nunca vi tanto concerto como neste ano, a maioria em Corroios, a dois minutos de casa. Foi um pouco surreal ter algumas das minhas bandas preferidas a tocar na minha freguesia! Bom, em jeito de balanço, partilho aqui o meu top-ten dos concertos que vi ao vivo.
10. More Than a Thousand, em Corroios.
Uma surpresa agradável. Não é á toa que os Megadeth os colocaram na lista de possíveis bandas de suporte para a próxima digressão. Vão dar que falar.
9. Painstruck.
Vi-os duas vezes em Corroios. São uma das bandas emergentes do metal português e têm um som muito porreiro. Uma onda hardcore, mas muito bom. Fazem uma excelente primeira parte.
8. Kalashnikov, ao vivo na Faculdade Egas Moniz, no Monte da Caparica.
Este foi o meu terceiro espectáculo dos "kalash" em pouco mais de um mês. O concerto meteu universitários e skinheads. Foi cheio de energia e até o Jel (perdão o Duro) ficou admirado!
7. Cannibal Corpse, em Corroios.
Para terem noção, os Cannibal Corpse foram banidos de tocar em imensos países devido ao conteúdo das letras e das capas dos álbuns (qualquer pesquisa no Google tira-vos as dúvidas). São uma das bandas míticas do death metal e foram o meu primeiro concerto de 2007. O vocalista é colossal e o som bastante agressivo. Tinha feito uma entorse há pouco tempo e temi pela minha integridade física durante as duas últimas músicas. Para terem noção... chamam-se "Fucked with a knife" e "Hammer smashed face". Muito bom!!
6. Kalashnikov, no Santiago Alquimista.
Fui dos privilegiados a assistir à estreia dos Kalasnikov. Um mês antes, o Jel confessou-me estar à espera da loucura, mas nem ele pensou assistir a tal coisa. O Santiago Alquimista estava repleto e, por momentos, pensei estar num concerto punk, no meio de tanta confusão. Todos entoaram os refrões e a banda repetiu o repertório todo! No meio da multidão, estava o Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell. Ficou tão surpreendido que resolveu levar os Kalashnikov para a primeira parte do concerto do Coliseu. Os Kalashnikov vão ter um 2008 em grande. E, se não me enganar, vão estar num grande festival nacional.
5. Napalm Death, em Corroios.
Meus amigos, Napalm Death é, provavelmente, a banda com o som mais agressivo do planeta. Uma mistura de death metal com grindgore. É o tipo de som que faz as unhas dos pés saltar. Ainda para mais, num espaço com capacidade para 500 pessoas, com pouco mais de 200 no recinto e todas elas metaleiros agitados! O espectáculo foi a uma quarta-feira à noite e até o Cristo Rei ouviu! Foi um enorme concerto. Já me tinham falado dos Napalm Death, mas fiquei siderado quando vi a primeira música. Os acordes pareciam bater directamente no cerebro. Fiquei com um zumbido nos ouvidos durante quatro dias. Assim que se ouviu o primeiro "riff", os "metalheads" passaram-se e desataram a bater um nos outros. Nisto, entra o vocalista e diz.."Caso não tenham percebido, somos os Napalm Death. Boa noite!". Épico.
4. Dimmu Borgir, no Coliseu.
Mais uma estreia para mim. Os Dimmu Borgir são uma das bandas de culto do black metal. São pagãos, nada cristãos e com adoração pelo Diabo. Regressaram a Portugal e encheram o Coliseu como eu nunca vi. O concerto foi brutal, o som é fantástico (incluindo com as teclas) e os grunhidos do Shagrath assustam qualquer um. Antes deles, tocaram uns suecos chamados Amon Amarth. Foi uma bela noite de paródia.
3. Moonspell, no Coliseu
Foi o meu quarto concerto de Moonspell. De longe, o melhor. Quando dão o espaço e atenção que a banda portuguesa já conquistou e merece... os Moonspell são fabulosos. Foi, sem dúvida, um dos grandes concertos do ano, em plena noite das Bruxas. Duas horas sempre a bombar, com a banda a revisitar todos os álbuns, sem esquecer os grandes êxitos. Recordo-me particularmente da jovem com quem engracei (e ela comigo) a fugir quando desatei aos berros no "Full Moon Madness". Ao fim de duas horas, o Fernando Ribeiro, já sem voz, confessou que a banda ponderou nem fazer o espectáculo. Os Moonspell são uma daquelas bandas obrigatórias, pelo menos uma vez na vida.
2. Sepultura, em Corroios.
Quando me disseram que os Sepultura vinham tocar à minha freguesia, por pouco não tive um ataque cardíaco. Os Sepultura são uma das minhas bandas preferidas de sempre. Cresci a ouvi-los e sou doido. O espectáculo foi a um domingo à noite, em Março, mês de aniversário. Sai do jornal a correr, peguei no carro (já atrasado) e demorei oito minutos do Marquês de Pombal ao Cine Teatro. Nunca um Fiesta andou tão rápido. Depois da saída do baterista Igor Cavalera (irmão do Max, antigo vocalista), Portugal assistiu à estreia do Jean Dolabella. O concerto começou com o Andreas Kisser a querer saltar para o meio do público para agredir um gajo. Passou o espectáculo inteiro a insultar o espectador e quando se aproximou do microfone, a única coisa que disse foi "Puta que pariu, caralho". O Derrick Green, vocalista, falava no seu português esforçado sempre que podia. Dizia sempre a mesma coisa: "Aí galera, tudo bem?". O concerto foi fabuloso. Tal já se esperava num recinto tão pequeno. Como já se esperava, tocaram um best-of e terminaram com o esperado "Roots bloody roots". Pela primeira vez na vida, estive num mosh de metal e logo com o "roots" dos Sepultura. Foi das melhores experiências da minha vida. A adrenalina e revolta foi tal que nem senti os murros que levei. No dia seguinte, mal me conseguia mexer. Recordo-me dessa noite imensas vezes. Amei.
1. Metallica, Super Bock Super Rock.
Sem palavras.
No próximo ano, farei a lista de 2008. Até ver, prevê-se um ano em grande. Os meus Iron Maiden vão voltar ás digressões. Dia 9 de Julho, vão estar no Super Bock. Os Metallica um mês antes no Rock in Rio.
E já tenho bilhete reservado para o meu primeiro Wacken Open Air, na Alemanha. O maior festival de metal do mundo! Iron Maiden confirmados! Up the irons!

Anônimo disse...

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