domingo, 23 de dezembro de 2007

Decisões.

Ando numa encruzilhada emocional.
2007 está a chegar ao fim. Sempre antevi este ano como de muito trabalho. Não me enganei. Nunca trabalhei tanto na vida como em 2007. Nem férias gozei, por falta de dinheiro. E, infelizmente, constato que estou na mesma situação precária. Assim sendo, nesse campo e apesar das promessas de aumentos, está tudo na mesma. E não vai mudar.
Todavia, noutro aspecto, evolui bastante em 2007 e a prova disso aconteceu este sábado. Fiz um jogo do Sporting sozinho e voltei a safar-me bem. Enquanto aguardava pelo início do desafio, olhei bem lá de cima para o centro do relvado e senti-me em paz. Afinal, sonhei e esperei por aquele momento.

Horas antes, estive em mais um fantástico jogo de Juniores A, num sintético perdido no Restelo. Enquanto via o jogo, olhava para o Tejo e pensava na vida. Ando há uns tempos para tomar uma decisão. A de sair daqui.

Nunca escondi o desejo de continuar a estudar e creio ter encontrado o sítio ideal. Madrid, Espanha. Um mestrado de um ano num dos melhores jornais europeus. Além da formação, ia pirar-me daqui. O problema? Bom, para começar o dinheiro. Só o curso custa 10 mil euros, fora a estadia e tudo o resto. Madrid não é uma cidade barata. Além disso, tenho receio de abandonar o jornal numa altura em que começo a ter maior protagonismo. De alguma forma, temo sair do comboio e não mais voltar a apanhá-lo. Mesmo que ele ande devagarinho…

Mas, como em tudo na vida, é um risco. A questão de fundo aqui é simples. Mesmo que continue a evoluir, não vou suportar um ano de 2008 igual a este que finda. Já me sinto vazio o suficiente e mal está uma pessoa quando vive 365 dias para escassos momentos de realização.
Estou a sufocar. Este prédio, esta vila, a própria cidade de Lisboa são cada vez mais pequenos para mim. Já não consigo respirar. Tudo parece contaminado. Mal saímos de casa e vemos logo o que não queremos.

Chegou a altura de agir, de fazer algo, de tomar decisões. Mesmo sabendo que as nossas decisões têm consequências.

Um comentário:

Anônimo disse...

BOAS FESTAS ... e um ano de 2008 cheio de riscos calculados e superados!

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