segunda-feira, 8 de outubro de 2012

E é isto.

Dou comigo a um domingo à noite, a meio do quinto jogo de futebol do dia. Pelos vistos, eu sou assim. Encho-me de bola para não pensar em mais nada. Um atrás do outro e lá vai o tempo passando. Consulta-se o calendário, o dia 7 passa a 8 e não passamos disto.

Mais uma vez, dou comigo sozinho no meu quarto, de onde acho que nunca vou sair. Mas melhor do que ontem. Mais uma vez, atraí uma pessoa que quer tudo menos estar comigo, «perdida e desorientada», como  ela o classifica. Não passo disto. Não conheço uma única rapariga que se tenha cruzado na minha vida com alguma normalidade. Existe sempre uma disfunção qualquer, uma dúvida permanente que me leva a fugir a sete pés, com medo de passar disto.

E dou comigo de novo no meu quarto, onde ninguém me faz mal, a preferir estar sozinho do que a viver na incerteza. Em 2007, em pleno desgosto amoroso, achei que comprar um computador novo ia resolver todos os meus problemas. Passaram cinco anos, permaneço no mesmo quarto e continuo a achar que um computador novo vai resolver todos os meus problemas.

Pelo meio, o castelo de cartas que se chama família vai cair de vez. As lágrimas vão ser mais do que muitas, umas por desespero, outras por desilusão. Ao menos, as máscaras vão cair de vez e nada será como dantes.

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