quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A greve.

A Lusa está em greve. O Público está em greve. O País está em greve. Nada tenho contra as greves, quando justificadas.

Em Portugal, faz-se greve por tudo e por nada. Banalizou-se. E, às vezes, é complicado separar o trigo do joio.

Ver a Lusa é, no mínimo, estranho. A maioria trabalha das 9 às 17, até não ganha mal, tendo em conta os salários que se praticam e até recusam fazer serviços depois das 15 horas, não vão estes prolongarem-se depois das 17 horas.

Não é à toa que são os colaboradores a fazer os jogos à noite, porque já é demasiado tarde para os do quadro.

Portugal é assim. Todos conhecem os seus direitos, mas esquecem os deveres.

Na minha vida profissional nunca ganhei mais do que 670 euros por mês. Desde 2006 que levo com as greves de todos os que me rodeiam, de pessoas que ganham o dobro e o triplo do que eu.

Ninguém quer saber se os colaboradores recebem a horas. Chegar aos últimos dias do mês com dinheiro para beber um café é um milagre e, ao dia 15, já não há dinheiro para nada. É uma questão de hábito.

Se calhar devia fazer greve.

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